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"Na sala de espera do Centro de Saúde dois bebés com cerca de ano e meio brincavam, ainda com passos incertos.
Uma menina e um menino.
Ela decidida e meiguinha queria dar-lhe abraços e brincar com ele.
Ele, por sua vez, fugia dela enquanto empurrava a cadeira amarela para bem longe.
Os sorrisos apareciam no rosto de quem assistia à persistência dela e à fuga dele.
Até que se ouve o seguinte comentário:
- Oh coitadinho! Deve estar assustado porque a menina é preta! Os miúdos percebem logo..."
Primeiro pensamento: "- Não devo ter ouvido bem.."
e depois, "-Vou já responder a isto com: quem me assusta é a senhora que abre a boca para dizer tamanho disparate, e os miúdos percebem logo o quê? o que é que há para perceber? Grrrr!".
Uma barriga de 28 semanas faz-nos contar até 100 e respirar várias vezes para nem sequer olhar para trás.
O que um bebé de 18 meses percebe é que estava ali outro bebé que o queria agarrar e provavelmente ficar com cadeira amarela que ele com tanta vontade empurrava.
Acabaram a brincar juntos e nada assustados!
Há vários estudos sobre este tema, um deles divulgado pela Universidade de Washington que concluiu que a atracção por similares é um instinto natural.
Em testes com bebés de 15 meses constataram que estes são capazes de diferenciar etnias e tendem a unir-se com semelhantes. O estudo também mostrou que, independente da cor, os bebés são mais propensos a escolher companheiros justos mas, como é natural, os bebés usam distinções básicas e imediatas, incluindo a etnia e o género para começar a separar o mundo em grupos, nos quais eles são ou não integrantes.
Gostamos muito de todas as cores do mundo!
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