Gostávamos que tudo fosse um mar de rosas... mas não é.
Em casa éramos três, mais a gata - sempre incluída quando se representava a família.
A A. sempre no centro de tudo. Durante 4 anos e meio, exactamente 1660 dias.
A chegada da mana O. trouxe um misto de emoções no coração e na cabeça da A.
Miminhos e palavras doces, mas também indiferença e vontade de estar sem ela.
Ser mana mais velha não é fácil.
Enquanto a barriga cresce é tudo fantástico, "a mãe vai ter um bebé"... fazem-se muitos desenhos da mãe com uma grande barriga e uma minúscula pessoa dentro dela. Imagina-se como ela será, terá cabelo? e será parecida com quem? E explicamos que não irá conseguir brincar, nem falar, nem andar... nem um cem número de coisas.
Criamos todo um imaginário em torno do bebé novo e da família. É tudo muito lindo até, a mana mais velha, que tinha tudo só para ela, ter que aprender a dividir: espaço, tempo e atenção.
De há duas semanas para cá o comportamento da A. em casa (sim, porque na escola continua exemplar) tem sido revelador. Ontem conseguimos falar sobre o que lhe vai no coração, depois de ter dito no meio de uma birra disparatada "- A MANA É MÁ!"
Humm, pois ora aí está o problema a vir ao de cima.
"Filha, nós gostamos tanto de ti não queremos nada estar tristes contigo... Já pensaste como tens andado tão chateada com tudo? Depois nós também ficamos chateados..."
Resposta: "E da mana não gostam?"
- Gostamos, claro. Gostamos das duas. Achas que por causa da mana íamos deixar de gostar de ti...
Silêncio.
- E tu gostas da mana?
"Eu não!"
- Mas vais ver que daqui a uns tempos vais gostar muito. Olha a mãe e o pai também têm irmãos e gostam muito deles. (Lá estivemos a lembrar todos os amigos e família com irmãos e como era bom estarem juntos).
No final lemos a história do Amor-Perfeito de Babette Cole.
Adormeceu calma. Acordou calma. Foi para a escola calma.
Gostamos muito quando a janela se abre depois da tempestade.
Gostamos quando o mar acalma e nos balança nas ondas ao sabor do vento.
Gostamos quando a paz regressa.
Em casa éramos três, mais a gata - sempre incluída quando se representava a família.
A A. sempre no centro de tudo. Durante 4 anos e meio, exactamente 1660 dias.
A chegada da mana O. trouxe um misto de emoções no coração e na cabeça da A.
Miminhos e palavras doces, mas também indiferença e vontade de estar sem ela.
Ser mana mais velha não é fácil.
Enquanto a barriga cresce é tudo fantástico, "a mãe vai ter um bebé"... fazem-se muitos desenhos da mãe com uma grande barriga e uma minúscula pessoa dentro dela. Imagina-se como ela será, terá cabelo? e será parecida com quem? E explicamos que não irá conseguir brincar, nem falar, nem andar... nem um cem número de coisas.
Criamos todo um imaginário em torno do bebé novo e da família. É tudo muito lindo até, a mana mais velha, que tinha tudo só para ela, ter que aprender a dividir: espaço, tempo e atenção.
De há duas semanas para cá o comportamento da A. em casa (sim, porque na escola continua exemplar) tem sido revelador. Ontem conseguimos falar sobre o que lhe vai no coração, depois de ter dito no meio de uma birra disparatada "- A MANA É MÁ!"
Humm, pois ora aí está o problema a vir ao de cima.
"Filha, nós gostamos tanto de ti não queremos nada estar tristes contigo... Já pensaste como tens andado tão chateada com tudo? Depois nós também ficamos chateados..."
Resposta: "E da mana não gostam?"
- Gostamos, claro. Gostamos das duas. Achas que por causa da mana íamos deixar de gostar de ti...
Silêncio.
- E tu gostas da mana?
"Eu não!"
- Mas vais ver que daqui a uns tempos vais gostar muito. Olha a mãe e o pai também têm irmãos e gostam muito deles. (Lá estivemos a lembrar todos os amigos e família com irmãos e como era bom estarem juntos).
No final lemos a história do Amor-Perfeito de Babette Cole.
Adormeceu calma. Acordou calma. Foi para a escola calma.
Gostamos muito quando a janela se abre depois da tempestade.
Gostamos quando o mar acalma e nos balança nas ondas ao sabor do vento.
Gostamos quando a paz regressa.
Comentários
Enviar um comentário