(Sobre os 20 anos do Rei Leão e esta crónica.)
A. é fã número um dos clássicos da Disney.
O Rei Leão ainda não passou pelos seus olhos mas não falta muito.
Tem paciência e vê coisas muito diferentes mas à partida seleccionadas, não por serem mais ou menos infantis mas pela forma como mostram o conteúdo. Os filmes servem para nos fazer pensar sobre tudo. Sobre o amor, a amizade, a família, os medos, a tristeza, as alegrias.
No Chicken Little por exemplo preocupa-se que não apareça a mãe do pinto em lado nenhum.
No Brave fascinou-se pela princesa que decide não casar.
Gosta da Branca de Neve por ser princesa e da Pequena Sereia porque desobedece ao pai.
Pontualmente vê "filmes dos grandes", este Natal conheceu o Max d' O Sítio das Coisas Selvagens.
Fez muitas perguntas como era de esperar.
Também se senta ao nosso lado mesmo quando estamos a ver o documentário sobre a Pina Baush. Tentamos dizer-lhe que pode fazer outra coisa que é possível que não perceba grande coisa. Mas mantém-se firme e determinada, simplesmente porque gosta de bailarinas.
Falamos do que se passa cá em casa.
Onde a televisão não é o centro das atenções nem serve para ajudar a comer ou a vestir.
Onde se vêem essencialmente gravações felizmente com muito poucos anúncios publicitários.
O problema da infantilização não está nas crianças.
As crianças vêem o que os pais lhe dão a ver.
Os pais vêem o que querem.
Há quem queira desligar a cabeça e consuma compulsivamente comédias românticas.
Outros gostam de dramas pesados e sofridos, que os deixam a pensar na vida.
Eduquemos para a curiosidade, para a observação, para o silêncio.
Que haja dias e tempo para ver de tudo um pouco e para distinguir o bom e o mau.
Que haja paciência para os pais gastarem tempo com os filhos.
Que hajam muitos Master Views que em 8 imagens nos contem uma história e mesmo assim fiquemos fascinados.
Que haja responsabilidade nas escolhas do que se vê, do que se lê e do que se ouve.
Que haja infantilidade quando se deve ser infantil!
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